Priscila
Fernandes e Júlio César Matheus.
Paulo César da Costa Gomes é um
geógrafo brasileiro da área de história do pensamento geográfico, de
epistemologia e de geografia política. Foi orientado em seu Mestrado por Bertha
K. Becker e em seu Doutorado por Paul Claval.
Gomes
é conhecido por reconstruir “a história do pensamento geográfico a partir dos
pólos epistemológicos da ciência moderna”. É também conhecido por mapear novas
possibilidades de interação disciplinar para a geografia cultural. O seu livro Geografia
e Modernidade de 1996 é uma crítica ao determinismo geográfico e pode
ser entendido como uma contribuição pós-moderna para o pensamento geográfico.
Doutor
em Geografia pela Sorbone – Université de Paris IV, professor convidado nas
Universidades de La Rochelle, Pau, Lyon e Reims, hoje docente da UFRJ, Paulo
César discute em seu livro A condição urbana – ensaios de
geopolítica da cidade (Bertrand Brasil, 2001) como acontecem as mudanças e
transformações nos cenários da vida pública, onde se celebra vida urbana, e a
linguagem pela qual se identifica um tipo de urbanidade particular.
É
conhecido no meio geográfico brasileiro e francês pela sua produção teórica
acerca da epistemologia da Geografia, o que pode ser conferido em seu livro
intitulado Geografia e Modernidade. Originalmente uma tese de doutorado, o
texto foi publicado no Brasil, também pela Bertrand Brasil, em 1996. Há que se
destacar a significativa produção desse autor também na organização de livros,
alguns em co-autoria, e artigos individuais, versando sobre teoria da Geografia
e história do pensamento geográfico, Geografia cultural, e, a relação
território e cidadania. Tema esse que é central na obra, em apreço, por se
constituir em objeto de uma pesquisa do autor sobre fenômenos sociais no
Brasil, no Canadá e em Paris.
Imbuído
da tarefa de realizar o que considera responsabilidade da Geografia, que é
“produzir uma verdadeira interpretação dos fenômenos, por meio de uma inovadora
análise espacial”, Gomes destaca a dimensão espacial dos fenômenos que estuda,
cujo elemento central da análise consiste da “trama relacional das
localizações”, sem a qual não é possível compreender os fenômenos urbanos, nem
a ordem espacial que os configura. Além de ser portadora de sentidos, a ordem
espacial é a condição básica para a existência das práticas e dos movimentos
sociais.
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