OSWALDO BUENO AMORIM FILHO
Cyntia Gama e Raquel Macedo
‘‘Sou uma pessoa que acredita que a geografia é uma área de integraçã0
do conhecimento. ’’ (AMORIM
FILHO, 2014)
Oswaldo Bueno Amorim Filho nasceu em Formiga, Minas Geris, em 1944 e foi criado
na zona rural do Alto Paranaíba. Começou a estudar direito na UFMG, mas
desistiu do curso e ingressou na geografia do instituto de geociências. Após
concluir o curso, foi para a França para a cidade de Bordeaux, onde concluiu
sua pós-graduação.
De volta ao Brasil, em 1974, começou a trabalhar no IGC UFMG, onde lincenciou
epistemologia, pensamento geográfico e mais tarde, teoria da geografia, até se
aposentar. Trabalha atualmente na PUC de Minas Gerais.
Oswaldo e
os paradigmas
Quando retornou ao Brasil, Oswaldo conta que havia toda uma discussão
epistemólogica em torno dos paradigmas da geografia. O que ele chamou de
“choque de paradgmas”, Amorim ressalta que nesse periodo havia de um lado, a
geografia quantitativa, do outro uma crítica marxista e ainda, uma crítica
humanista. (Amorim Filho, 2014).
Para ele, o predomínio de um só paradigma, faz com que os trabalhos fiquem
muito presos, chamando a atenção assim ao uso exacerbado, o que pode ser
nocivo, resultando em uma tirania paradigmática. Considera o paradigma das
escolas clássicas européias como sendo o mais completo. “Uma das razões é
porque nele você encontra todos os outros paradigmas. Quando você pensa em um
paradigma quantitativo ele ja tá lá. Muitos geográfos franceses utilizavam a
quantificação” (Amorim Filho, 2014)
Geografia clássica e humanista
A influência francesa é muito forte na formação do professor Oswaldo, como
também na sua vida, desde sua adolescência (Geosul, 2005). Por isso é um
grande simpatizante da geográfia clássica. Para Amorim Filho, tanto a geografia
quantitativa quanto humanista já estavam presentes na geografia clássica,
negando assim a ideia de que a geografia francesa era rival da alemã e sim uma
continuação dela.
Embora não se considere um humanista, “não no sentido partidário”, Oswaldo
considera a geografia humanista como sendo a mais completa e que mais se
aproxima da Clássica, pois é a que está mais ligada às manifestações culturais
humanas o que para ele a torna “uma geografia plural, de todos e que não
tem uma orientação epistemológica rígida(...) que esta de acordo com a
pos-modernidade ’’( Amorim Filho, 2014)
Contribuições: geografia mineira
e brasileira
O professor e doutor Oswaldo Bueno Amorim Filho elaborou estudos sobre a
geografia urbana, e a estrutura morfólogicas das cidades, trabalhou com
paisagens e suas linhas de pensamento ( Geosul, 2005). Fez grandes
contribuições a geografia mineira, principalmente na questão da classificação
das cidades mineiras, realizada por ele e seus colaboradores. Também
realizou um estudo sobre Oliveira, Minas Gerais, resgatando o estudo regional
da geografia clássica.
Para a geografia brasileira fez importantes
trabalhos sobre epistemologia, onde tenta demostrar que a geografia sempre foi
plural e realçar também a importância da geografia clássica, principalmente no
que serefere à cultura, ao homem, à arte e aos trabalhos regionais, o que foi
defendido por ele no ensaio ;“ A Pluralidade da Geografia e as Abordagens
Humanistas/ Culturais”.
Dentre seus trabalhos estão:
“Literatura de explorações e aventuras: as "viagens extraordinárias"
de Júlio Verne”, onde ele traz as narrativas de viagens e a literatura para
junto da geografia. “Os Níveis Hierárquicos Das Cidades Médias de Minas
Gerais’’, “Os Limiares Demográficos na Caracterização das cidades de Minas
Gerais’’ e “Oliveira-MG: Uma “Cidade Média” Na Zona Perimetropolitana De Belo
Horizonte?”, são trabalhos de caráter mais regional, onde se tem também um
resgate da descrição de paisagens.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Grupo de
pesquisa geografia humanista cultural. Geofísica cartográfica- prof. Dr.
Oswaldo Bueno Amorim. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=cQTyYArBJkY.
Acesso em 06 de novembro de 2014.
Entrevista
com o professor Oswaldo Bueno Amorim Filho. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/view/13240.
Acesso em 06 de novembro de 2014.
Os Níveis
Hierárquicos das Cidades Médias de Minas Gerais. Disponível em:
<http://www.ufjf.br/ladem/files/2009/05/oswaldo-bueno.pdf
A
Pluralidade da Geografia e as Abordagens Humanistas/Culturais. Disponível em:
<http://www.neer.com.br/anais/NEER-1/mesas/oswaldo-mesa.pdf
Os
limiares Demográficos na Caracterização das Cidades Médias. Disponível em:
<http://www.redbcm.com.br/arquivos/bibliografia/os%20limiares%20demogr%C3%A1ficos%20na%20caracteriza%C3%A7%C3%A3o.pdf
Oliveira-MG:
Uma “Cidade Média” Na Zona Perimetropolitana de Belo Horizonte? Disponível em:
<http://www.rii.sei.ba.gov.br/anais/g6/oliveira%20mg%20uma%20cidade%20media%20na%20zona%20perimetropolitana%20de%20belo%20horizonte.pdf
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