Marco Orelio G. Oliveira e Walison Teixeira do Carmo
Marcelo
Lopes de Souza é um geógrafo brasileiro, professor do Departamento de Geografia
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde ele fundou e coordena um
grupo de pesquisas cujo foco principal são os vínculos entre relações sociais e
espaço e, muito particularmente, a espacialidade da mudança social, o Núcleo de
Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NuPeD), vinculado ao Departamento
de Geografia. Foi pesquisador visitante nas universidades de Tübingen
(Alemanha) e Londres, além de pesquisador e professor visitante na Universidade
Técnica de Berlim. Bacharel e mestre em Geografia (UFRJ) e especialista em
Sociologia Urbana (UERJ), doutorou-se em Geografia (tendo como área
complementar Ciência Política) na Universidade de Tübingen. Paralelamente às
suas atividades de pesquisa e docência, tem assessorado movimentos sociais e
prefeituras em temas relacionados com estratégias e instrumentos de
transformação das cidades.
É
autor de dezenas de artigos e capítulos de livros, publicados no Brasil e no
exterior. Entre seus livros podemos destacar alguns, tais como “O desafio
Metropolitano”, “Mudar a Cidade” e “ABC do desenvolvimento”, entre outras
grandes obras
Marcelo
Lopes é um dos principais teóricos da geografia urbana no Brasil. Ele fez com
que nas ultimas décadas a atenção de todos estivessem mais voltadas para as
cidades e o seus problemas. Ele estuda
em suas obras a relação das mudanças sociais e a organização espacial, tendo em
suas obras questões relativas a cidade e seus problemas, principalmente a
questão da pobreza e como essa cidade esta organizada para os diversos
públicos. Em algumas de suas obras, Souza apresenta esses problemas urbanos nas
grandes metrópoles brasileiras, versando sobre a presença da justiça social nas
cidades, o que segundo ele não ocorre. Souza propõe estratégias de combate a
esses problemas, com a integração de
vários segmentos da sociedade, para juntos resolver essa problemática do
meio urbano. Como apresentação desses problemas ele contribui também para a
discussão da violência presente nas grandes cidades, como consequência de todos
os problemas estruturais por ele tratado nos centros urbanos brasileiros.
Apresentou as contribuições do planejamento urbano para combater os problemas
inerentes às metrópoles brasileiras.
Ele
elevou o nome da geografia brasileira quando recebeu o primeiro prêmio da
Sociedade Alemã de Pesquisa sobre a América Latina (ADLAF) em 1994 por sua tese
de doutorado (que foi publicada na Alemanha) sobre a questão urbana no Brasil,
e o Prêmio Jabuti por seu livro O Desafio Metropolitano, em 2001. Seu
livro Fobópole: O Medo Generalizado e a Militarização da Questão Urbana,
publicado em 2008, sendo ainda um dos finalistas do Prêmio Jabuti, em 2009. Sem
dúvida o Geógrafo Marcelo Lopes de Souza e um dos mais importantes nomes da
geografia brasileira, sobretudo na questão dos estudos urbanos, com um
currículo muito extenso, rico em títulos e publicações que dão subsídios para
entendermos, pesquisarmos e compreender a questão urbana no Brasil juntamente
com os movimentos sociais.
Referências
http://www.geografia.ufrj.br/nuped/apresentacao/marceloopessouza.pdf
http://www.record.com.br/autor_sobre.asp?id_autor=91
obrigada seu texto me ajudou muito em um trabalho da faculdade.
ResponderExcluirOlá Marcelo, tem muitos anos que quero te agradecer. Eu realmente nao sabia da relacoes espaciais entre os líderes e o tráfico dentro das favelas. Naquela época, eu só queria defender nós favelados e depois me vi em uma situacao terrível. De um lado, os traficantes me vendo como uma traidora e por outro lado, você, que eu tinha como um grande ídolo, professor e amigo, acreditando que eu fazia parte do "meio". Por um tempo fiquei muito triste e sem saber o que fazer, afinal estava sozinha. Mas, isso me deu forcas, dei a volta por cima. Estou morando na Alemanha, depois de morar 6 anos na Costa do Marfim e trabalhar por 5 anos como docente lá. Estou escrevendo uma auto-sócio-análise, acredito que assim terei a voz que você no quis me dar. Dismistificar para a sociedade que dentro da favela, as vezes, escolheu um lado pode significar a morte e foi isso que eu fiz. Quando constatei que era verdade o que você dizia, sofri muita ameacas e fiquei sozinha nas maos dos chefes e eu só nao morri porque encontrei pessoas que acreditaram em mim, diferentemente de você, que me taxou de traficante. Eu tinha acesso as informacoes porque era de dentro, só isso. Obrigada por me inserir no mundo real. Sucessos
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