Antonio Christofoletti

IGOR SOARES FIGUEIREDO e MATHEUS MANSO CÓSER

            Antonio Christofoletti nasceu no dia 13 de junho de 1936, em Rio Claro, São Paulo, filho de imigrantes italianos. Possui graduação em Geografia (Licenciatura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1986), graduação em Geografia (Bacharelado) - UNESP (1986), mestrado em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Tinha experiência na área de Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Climatologia Geográfica, Hidrologia, Geometria Fractal aplicada em Geografia Física. Faleceu em 11 de Janeiro de 1999, em sua cidade natal, onde trabalhou e escreveu as suas principais obras citadas, deixando uma imensa contribuição à geografia brasileira do séc. XX.
            Seu empenho consistuiu na divulgação da Teoria dos Sistemas no âmbito de suas aplicações na Geografia, tanto em sua vertente social quanto física, onde deixou seguidores e criou uma tradição de estudos, principalmente dentro da Geografia Física. Uma das suas preocupações e esforços foi divulgar textos fundamentais da geografia, sobretudo da Geomorfologia, área em que mais se especializou durante seus anos de estudos dentro da disciplina. Deixou muitos artigos, um grande acervo e contribuiu para que a biblioteca da UNESP de Rio Claro - onde atuou como professor assistente doutor - tivesse um dos maiores acervos da América Latina.
         Além dos estudos focados na Geografia Física, o autor também demonstrou interesse no que diz respeito à evolução do Pensamento Geografico, trabalhando, criticando e expondo suas proprias ideias. Na interpretação de Christofoletti, a Geografia Quantitativa se caracterizou pelo maior rigor na aplicação da metodologia científica baseada no Positivismo Lógico ou Neopositivismo, no uso de técnicas de estatística e matemática, na abordagem sistêmica e no uso de modelos. O autor ainda opina sobre o papel e o objeto da Geografia. Segundo ele, o método regional considerava que cada categoria de fenômeno era objeto de uma determinada ciência (sociologia, economia, demografia, botânica, hidrologia, etc.). Todas essas ciências executavam a análise sobre os assuntos particulares. Por sua vez, à geografia correspondia o trabalho de síntese, reunindo as informações na busca de uma visão global da região. Tais ideias são expressas em sua obra de carater mais voltado à propria evolução da geografia: " As características da nova geografia".
            Christofoletti demonstrou maior interesse nos estudos referentes à Geografia Física, tendo divulgado obras mais específicas e de cunho mais quantitativista, como em: "Geomorfologia" e "Geomorfologia Fluvial". Além disso, seus estudos sobre a Teoria dos Sistemas é mais bem trabalhado em "Análise de Sistemas em Geografia", em que as ideias trabalhadas pelo autor nesta obra giram em torno da ideia de que a maior parte dos sistemas envolvidos em análise ambiental estão dentro de um ambiente, que faz parte de um conjunto maior. Esse conjunto maior, terá vários subsistemas, que se auto-influenciam, ou seja, seria uma concepção sistêmica de uma totatlidade.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:




CHRISTOFOLETTI, Antônio, Geomorfologia. São Paulo, Ed. Edgard Blücher, 1980.

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